terça-feira, 19 de junho de 2012

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Introdução do Conteúdo

Mapa Grécia antiga






A Grécia Antiga

Sumário

1. Periodização da história da Grécia Antiga
2. A concepção filosófica
3. A escrita
4. A moeda
5. A lei escrita
6. O cidadão da polis




1. Periodização da história da Grécia Antiga

· Civilização micênica - desenvolve-se desde o início do segundo milênio a.C. e tem esse nome pela importância da cidade de Micenas, de onde, no século XII a.C., partem Agamemnon, Aquiles e Ulisses para sitiar e conquistar Tróia.
· Tempos homéricos (séculos XII a VIII a.C.) - são assim chamados porque nesse período teria vivido Homero (século IX ou VIII). Na fase de transição de um mundo essencialmente rural, o enriquecimento dos senhores faz surgir a aristocracia proprietária de terras e o desenvolvimento do sistema escravista.
· Período arcaico (séculos VIII a VI a.C.) - grandes alterações sociais e políticas com o advento das cidades-estados (polis) e desenvolvimento do comércio e conseqüente movimento de colonização.
· Período clássico (séculos V e IV a.C.) - apogeu da civilização grega. Na política, expressão da democracia ateniense; explosão das artes, literatura e filosofia. Época em que viveram os sofistas, Sócrates, Platão e Aristóteles.
· Período helenístico (séculos III e II a.C.) - decadência política da Grécia, com o domínio macedônico e conquista pelos romanos. Culturalmente se dá a influência das civilizações orientais.

mapa_grecia_antiga.gif (27587 bytes)Logocentricamente afirmamos que os primeiros filósofos da humanidade foram gregos. É que, embora tenhamos referências de grandes homens na China (Confúcio, Lao Tsé), na Índia (Buda), na Pérsia (Zaratustra), suas teorias ainda são por demais vinculadas à religião para que se possa falar propriamente em reflexão filosófica.

O surgimento da filosofia na Grécia é a percepção atitudes logocêntricas numa sociedade marcadamente mitocêntrica.

Na Grécia, os mitos eram recolhidos pela tradição oral por aedos e rapsodos, cantores ambulantes que davam forma poética aos relatos populares e os recitavam de cor em praça pública. Era difícil conhecer os autores de tais trabalhos de formalização, porque num mundo em que predomina a consciência mítica não existe a preocupação com a autoria da obra, já que o anonimato é a conseqüência do coletivismo, fase em que ainda não se destaca a individualidade. Além disso, não havia a escrita para fixar obra e autor.

Há controvérsia a respeito da época em que teria vivido Homero, um desses poetas, e até se ele realmente teria existido (séc. IX a.C.?). É costume atribuir-lhe a autoria de dois poemas épicos (epopéias): Ilíada, que trata da guerra de Tróia (Tróia em grego é Ílion), e Odisséia, que relata o retorno de Ulisses a Ítaca, após a guerra de Tróia (Odisseus é o nome grego de Ulisses). Por vários motivos, inclusive pelo estilo diferente dos dois poemas, alguns intérpretes acham que são obras de diversos autores.

As epopéias tiveram função didática importante na vida dos gregos porque descrevem o período da civilização micênica e transmitem os valores da cultura por meio das histórias dos deuses e antepassados, expressando uma determinada concepção de vida. Por isso desde cedo as crianças decoravam passagens dos poemas de Homero.

As ações heróicas relatadas nas epopéias mostram a constante intervenção dos deuses, ora para auxiliar um protegido seu, ora para perseguir um inimigo. O homem homérico é presa do Destino (Moira), que é fixo, imutável, e não pode ser alterado. Até distúrbios psíquicos como o desvario momentâneo de Agamemnon são atribuídos à ação divina. É nesse sentido a fala de Heitor: "Ninguém me lançará ao Hades contra as ordens do destino! Garanto-te que nunca homem algum, bom ou mau, escapou ao seu destino, desde que nasceu!"

O herói vive, portanto, na dependência dos deuses e do destino, faltando a ele a nossa noção de vontade pessoal, de livre-arbítrio. Mas isto não o diminui diante dos homens comuns. Ao contrário, ter sido escolhido pelos deuses é sinal de valor e em nada tal ajuda desmerece a sua virtude.

A virtude do herói é a areté (excelência, superioridade, alvo supremo do herói). Trata-se da virtude do guerreiro belo e bom, que se manifesta pela coragem e pela força, sobretudo no campo de batalha.

Hesíodo, outro poeta que teria vivido por volta do final do século VIII e princípios do VII a.C., produz uma obra com características que apontam para a época que se vai iniciar a seguir, com particularidades que tendem a superar a poesia impessoal e coletiva das epopéias.

Mas mesmo assim, sua obra Teogonia (teo: deus; gonia: origem) reflete ainda a preocupação com a crença nos mitos. Nela Hesíodo relata as origens do mundo e dos deuses, e as forças que surgem não são a pura natureza, mas sim as próprias divindades: Gaia é a Terra, Urano é o Céu, Cronos é o Tempo, o seres surgem ora por segregação causada por Anteros, ora pela agregação causada por Eros.

2. A concepção filosófica

É no período arcaico que surgem os primeiros filósofos gregos, por volta de fins do século VII a.C. e durante o século VI a.C.

Algumas novidades surgidas no período arcaico ajudaram a transformar a visão que o homem mítico tinha do mundo e de si mesmo. São elas a invenção da escrita, o surgimento da moeda, a lei escrita, o nascimento da polis (cidade-estado), todas elas tornando-se condição para o surgimento do filósofo. Vejamos como isso se deu.

3. A escrita

Etimologicamente, epopéia significa "o que se exprime pela palavra falada" e lenda é "o que se conta". Geralmente a consciência mítica predomina nas culturas de tradição oral, onde ainda não há escrita.

É bem verdade que, de início, a primeira escrita é mágica e reservada aos privilegiados, aos sacerdotes e aos reis. Entre os egípcios, por exemplo, hieróglifos significa literalmente "sinais divinos".

Na Grécia, a escrita surge por influência dos fenícios e já no século VIII a.C. se acha suficientemente desligada de preocupações esotéricas e religiosas. Enquanto os rituais religiosos são cheios de fórmulas mágicas, termos fixos e inquestionados, os escritos deixam de ser reservados apenas aos que detêm o poder e passam a ser divulgados em praça pública, sujeitos à discussão e à crítica. Apenas um parêntese esclarecedor: isso não significa que a escrita tenha se tornado acessível a todos. Muito ao contrário, permanece ainda grande o número de analfabetos. O que está em questão, no entanto, é a dessacralização da escrita, ou seja, seu desligamento da religião.

A escrita gera uma nova idade mental porque exige de quem escreve uma postura diferente daquela de quem apenas fala. Como a escrita fixa a palavra, e conseqüentemente o mundo, para além de quem a proferiu, necessita de mais rigor e clareza, o que estimula o espírito crítico. Além disso, a retomada posterior do que foi escrito e o exame pelos outros não só de contemporâneos mas de outras gerações — abrem os horizontes do pensamento propiciando o distanciamento do vivido, o confronto das idéias, a ampliação da crítica.

Portanto, a escrita aparece como possibilidade maior de abstração, uma reflexão da palavra que tenderá a modificar a antiga estrutura do pensamento.

4. A moeda

Por volta dos séculos VIII a VI a.C., houve o desenvolvimento do comércio marítimo decorrente da expansão do mundo grego mediante a colonização da Magna Grécia (atual sul da Itália) e Jônia (atual Turquia). O enriquecimento dos comerciantes promoveu profundas transformações decorrentes da substituição dos valores aristocráticos pelos valores da nova classe em ascensão.

Na época da predominância da aristocracia rural, cuja riqueza se baseava em terras e rebanhos, a economia era pré-monetária e os objetos usados para troca vinham carregados de simbologia afetiva e sagrada, decorrente da posição social ocupada por homens considerados superiores e do caráter sobrenatural que impregnava as relações sociais.

A fim de facilitar os negócios, a moeda, que tinha sido inventada na Lídia aparece na Grécia por volta do século VII a.C. A moeda torna-se necessária porque, com o comércio, os produtos que antes eram feitos sobretudo com valor de uso passam a ter valor de troca, isto é, transformam-se em mercadoria. Daí a exigência de algo que funcionasse como valor equivalente universal das mercadorias.

A invenção da moeda desempenha papel revolucionário, pois está vinculada ao nascimento do pensamento racional. Isso porque passa a ser emitida e garantida pela Cidade, revertendo benefícios para a própria comunidade. Além desse efeito político de democratização, a moeda sobrepõe aos símbolos sagrados e afetivos o caráter racional de sua concepção: muito mais do que um metal precioso que se troca por qualquer mercadoria, a moeda é um artifício racional, uma convenção humana, uma noção abstrata de valor que estabelece a medida comum entre valores diferentes.

5. A lei escrita

Drácon (séc. VII a.C.), Sólon e Clístenes (séc. VI a.C.) são os primeiros legisladores que marcam uma nova era: a justiça, até então dependente da arbitrariedade dos reis ou da interpretação da vontade divina, é codificada numa legislação escrita. Regra comum a todos, norma racional, sujeita à discussão e modificação, a lei escrita passa a encarnar uma dimensão propriamente humana.

As reformas provocadas pela legislação de Clístenes fundam a polis sobre uma base nova: a antiga organização tribal é abolida e estabelecem-se novas relações, não mais baseadas na consangüinidade, mas determinadas por nova organização administrativa. Tais modificações expressam o ideal igualitário que prepara a democracia nascente, pois a unificação do corpo social abole a hierarquia fundada no poder aristocrático das famílias.

6. O cidadão da polis

Jean-Pierre Vernant, helenista e pensador francês, vê no nascimento da polis (por volta dos séculos VIII e VII a.C.) um acontecimento decisivo que "marca um começo, uma verdadeira invenção", que provocou grandes alterações na vida social e nas relações entre os homens.

A originalidade da cidade grega é que ela está centralizada na ágora (praça pública), espaço onde se debatem os problemas de interesse comum. Separam-se na polis o domínio público e o privado: isto significa que ao ideal de valor de sangue, restrito a grupos privilegiados em função do nascimento ou fortuna, se sobrepõe a justa distribuição dos direitos dos cidadãos enquanto representantes dos interesses da cidade. Está sendo elaborado o novo ideal de justiça, pelo qual todo cidadão tem direito ao poder. A nova noção de justiça assume caráter político, e não apenas moral, ou seja, ela não diz respeito apenas ao indivíduo e aos interesses da tradição familiar, mas se refere a sua atuação na comunidade.

A polis se faz pela autonomia da palavra, não mais a palavra mágica dos mitos, palavra dada pelos deuses e, portanto, comum a todos, mas a palavra humana do conflito, da discussão, da argumentação. O saber deixa de ser sagrado e passa a ser objeto de discussão.

A expressão da individualidade por meio do debate faz nascer a política, libertando o homem dos exclusivos desígnios divinos, e permitindo a ele tecer seu destino na praça pública. A instauração da ordem humana dá origem ao cidadão da polis, figura inexistente no mundo coletivista da comunidade tribal.

Portanto, o cidadão da polis participa dos destinos da cidade por meio do uso da palavra em praça pública. Mas para que isso fosse possível, desenvolveu-se uma nova concepção a respeito das relações entre os homens, não mais assentadas nas suas diferenças, na hierarquia típica das relações de submissão e domínio. Ou seja, "os que compõem a cidade, por mais diferentes que sejam por sua origem, sua classe, sua função, aparecem de uma certa maneira 'semelhantes' uns aos outros". De início a igualdade existe apenas entre os guerreiros, mas essa imagem do mundo humano encontrará no século VI sua expressão rigorosa num conceito, o de isonomia: igual participação de todos os cidadãos no exercício do poder.

O apogeu da democracia ateniense se dá no século V a.C., já no período clássico, quando Péricles era estratego. É bem verdade que Atenas possuía meio milhão de habitantes, dos quais 300 mil eram escravos e 50 mil metecos (estrangeiros); excluídas mulheres e crianças, restavam apenas 10% considerados cidadãos propriamente ditos, capacitados para decidir por todos.

Por isso, quando falamos em democracia ateniense, é bom lembrar que a maior parte da população se achava excluída do processo político. Aliás, quanto mais se desenvolvia a idéia de cidadão ideal, com a consolidação da democracia, mais a escravidão surgia como contraponto indispensável, na medida em que ao escravo eram reservadas as tarefas consideradas "menores" dos trabalhos manuais e da luta pela sobrevivência. Mas não resta dúvida de que, na fase aristocrática anterior, havia ainda outros tipos de privilégios. O que enfatizamos no processo é o surgimento de uma concepção nova do poder.



Adaptado de ARANHA, M. Lúcia de A. e MARTINS, M. Helena P. Filosofando: Introdução à Filosofia. 2. ed. rev. e atual. São Paulo: Moderna, 1993. p 62-7

Grécia Antiga

Localização da Grécia:
 
País europeu localizado entre os mares Mediterrâneo, Egeu e Jônico e que se limita ao norte com a Albânia, a Macedônia e a Bulgária e a nordeste com a Turquia.

Filosofia= Amor a sabedoria

Philos: amigo, amante;

Sophia: Sabedoria;

Sabedoria: atendia ao que consideravam o objetivo suprema da vida humana= a felicidade.
Observar mundo: refletir em busca de explicação lógica e racional.

Tales, de Mileto PAI DA FILOSOFIA

Evolução do pensamento mítico para racional;

Por que? Exigência de explicações racionais para os fenômenos;
 

3 maiores pensadores

Sócrates, Platão e Aristóteles
 
Fases da Filosofia Grega

1ª fase: pré-socrática ou cosmológica; natureza e mundo;

2ª fase: socrática e antropológica; indivíduo e organização da sociedade;

3ª fase: sistemática; lógica